23 de outubro de 2018

É triste.

É triste.
As pessoas se perdem e no meio do caminho acabam sendo o que nunca gostaram de ser. Se tornam o que tanto criticaram.
Mas que absurdo, tornar-se o espelho daquilo que era apenas repúdio.
É triste.
Ver que as pessoas acabam escolhendo caminhos estranhos, com pessoas estranhas, em uma busca desenfreada por alguma coisa que falta dentro de si.
É triste.
Como é triste não reconhecer mais a luz, porque ela fora apagada pela nossa ansiedade tão fugás.
É triste, saber que nada valeu a pena e já se perdeu em becos e vielas sujos e baixos.
É triste.
Se perguntar em determinado momento: "Mas que diabos estou fazendo aqui?"
Pois se perder no mundo é perigoso, porque tudo tem o sabor doce. Tudo tem colorido e encanto. Tudo parece divertido, mas quando acaba o peso repousa em nossas costas.
Todas aquelas energias. Todas aquelas almas perdidas. Todas aquelas pessoas completamente sem rumo, cada uma a seu modo e por um motivo.
É triste. 
Porque tentam se agarrar em alguma coisa sólida, que faça sentido e que não permita pensar.
Pensar nos leva a clareza, que nos leva a luz e que muitas das vezes nos levam a conclusões que não queremos chegar.
É triste.
Porque na maioria das vezes saímos da trilha por querer e nos perdemos no mundo, pelo puro medo de não chegar aonde sabemos que seria o final da estrada.

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