17 de dezembro de 2011

O que há de esperançoso nisso tudo

Serei breve só para dizer o quão há de esperançoso na vida. O que tu pensavas que iria acontecer a ti? Estava errado, pois era muito melhor e transcenderia toda forma de uma possível explicação.

Não é quando há revolta, não é quanto a derrota, muito menos quando há desafio e sim e simplesmente quando não há nada, assim que o vazio toma conta e nos acostumamos a ele é que as coisas mudam e a vida resolve por dar as cartas. E é como vem, e é assim que vem sem ao menos chance de construção, arrebatadora e veloz, por mais que tentemos fugir, parar ou nos esconder sem termos a menor ideia de como ou por que já fomos envolvidos neste teia, até o pescoço ou melhor, até o coração.

A vida não precisa provar nada ela sabe do seu potencial, o que somos nós em face dos dizeres do destino? Talvez tenhamos sido encaminhados até aqui desde muito tempo, talvez o acaso tenha sido apenas generoso. A vida continua, não para, desanda, se perde, mas não se mete onde não deve. A vida te cala, te faz arrepender-se, desesperar-se e sorrir, ela abaixa a tua bola e te coloca nos céus, assim que volta do inferno; Ela guarda o seu orgulho no bolso e ri de você, em um tempo pífio vira teu mundo de cabeça para baixo, te faz sentir ser a pessoas mais feliz do mundo, enche teu vazio de verdade e escancara as mentiras nas verdades que tu considerava até pouco tempo atrás, irrefutáveis.

Você olhará e de pronto enxergará os movimentos, as cores e caras; Você sentirá o teu corpo vivo, trabalhando. Agora não há mais medo de cair, o medo de ir muito longe até insiste, mas não consegue frear a vontade de usar.

Já houve vontade de gritar ao mundo e mostrar, escancarar as coisas por ai para provar a si mesmo que era real e a vida ao ver isso te fez silenciar, te fez silêncio e fez questão de lhe ensinar. “O mundo, o seu mundo agora é outro, meu caro.”