9 de novembro de 2012

De um adaptar-se

E quando... E quando se percebe que a corrida atrás do sonho estava seguindo a direção errada? E quando todos os dias de sacrifício e dedicação, apesar da experiência e maturidade conquistados, na prática - sob a visão mais pragmática possível - foram jogados ao léo?

Aqui estamos calculando os prejuízos e possibilidades, não para continuarmos aos trancos e barrancos, mas sim para colocarmos as coisas em ordem. Será?

Nos adaptamos às situações que desenrolam-se em consequência de vários fatores, todavia deva-se, à partir de agora adaptar as circunstâncias aos seus anseios porque não devemos submeter nossa existência à sombra do acaso.

Sobrevivemos até aqui, e daí? Abriu-se o mundo, os horizontes, a independência é fixa e concreta. Estamos sozinhos, meus amigos. Procuramos desesperadamente uma forma de um adaptar-se ao que queremos, ao que se perdera e ao que se tem.

Em que pese estejamos tão fortalecidos em consequência disso tudo, ainda há um pormenor a ser esclarecido: E quando... E quando se olha no espelho sem reconhecer o próprio reflexo? E quando a alma deseja fugir para os anos atrás da infância, onde era possível ser, além de apenas vez ou outra estar feliz? E quando a caligrafia que começa bem desenhada termina como rabiscos aleatórios num verso qualquer de papel? E quando a busca de um adaptar-se se traveste de solução, e quando... isso tudo será mais para o resto da vida?