Passando pelo mundo sem ser percebido, ouvindo de tudo...
Mas não dando ouvidos. O caminho de um rumo tão procurado está ali posto à sua
frente, não é como imaginava, aliás, como se imaginava não há mais nada.
Chegou até aqui despido de si mesmo. Como uma criança
abandonada o passado ficou no meio do caminho, sem qualquer amparo. Ora! Reles
mortal, mal sabia que naquela criança havia tudo que havia de melhor. Chegou
até aqui alheio à verdades, reflexivo nas maldades e analisando a realidade.
As coisas como são ou elas são como deveriam ser?
Cortou os pés da paixão e seguiu o caminho de carona com a
razão. Sem grandes emoções, a segurança era a maior aliada. Indo pra lá e pra
cá até poder chegar a um lugar de calma e paz, porque tudo que se precisa às vezes
é da calmaria de um silêncio.
Não estava inserido no padrão e justamente essa imperfeição
que tornou as coisas atraentes, pela primeira vez o roteiro fugira do script.
Dali em diante por vezes os pormenores insistiam em se tornar repetidos, mas
diante de uma maturidade e desapego tão leves não houve.
Passando pelo mundo sem ser percebido, ouvindo de tudo... Mas não dando ouvidos. O caminho de um rumo tão procurado está ali posto à sua frente, não é como imaginava, aliás, como se imaginava não há mais nada.
Um comentário:
Excelente o texto.
As vezes nos sentimos assim. Por mais que vistos, somos desapercebidos, obscuros vivendo como se tudo não passasse de escuridão.
Até breve!
http://manuscritoperdido.blogspot.com.br/
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