20 de abril de 2014

Como se importasse

Às vezes o sonho é tão real que as mãos acordam fechadas como se ainda segurassem as dela. Vejo os pensamentos chegando de carona nos primeiros raios de sol quando iluminam esse cômodo, abafado.

Hoje o dia não tem nada de produtivo, passa arrastado sob puro efeito de uma noite longa. Já não tem a mesma graça.

Era divertido quando não podia, quando era uma coisa nossa, quando fazíamos na calada das madrugadas. Não é mais. Hoje o dia não foi nada de produtivo, já não tem a mesma graça.

Estamos envoltos em conceitos e idealizações pré determinadas que não praticam um terço do que propõe. Somos o reflexo de tudo o que tentamos nos tornar e principalmente, do que não queremos ser de forma alguma. No final das contas é ridículo sermos qualquer coisa.

O corpo para, mas quem disse que a mente acompanha? Ela não descansa há tempos. Já não tem a mesma graça, hoje o dia se arrasta sob o efeito de uma noite longa.

As brincadeiras são meras partes de nós que não valem a pena serem divulgadas, como se nada fossem. Sabe? A realidade se mostra. O sonho se desgasta. O tempo passa e já não tem a menor graça.

Às vezes parece tão real, mesmo quando as mãos acordam vazias. O que significa abrir os olhos? Já não tem a mesma graça.


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