Escondeu o sorriso em algo que havia dito. Pensou que era melhor se manter calada, para que passassem incólumes sem que a perturbem.
Sabe como uma criança que recusa outro colo, sem saber explicar a razão? Da mesma forma de quando não conseguimos mensurar ao não fazermos ideia do por que dissemos.
Inteligente é calar uma decepção...
As coisas continuam no tempo e nós nos preocupando com o trabalho do relógio que devia ser o único a se ater a detalhes de horas e dias. Tornamos-nos mais velhos, mas não mais maduros.
Somos jovens... Jovens crianças à procura de sobrevivência, separados pelo próprio lapso de tempo que consagra esse limiar. Somos espíritos perdidos na rua à procura de um lar nos braços de um momento de conforto. De paz.
E se a paz fosse o meio e não o final? E se o final desse meio não fosse necessário? Além de qualquer outra coisa que o pormenor de simplicidade nos preenchesse.
Temos que nos bastar... Bastar-nos sempre e quando procuramos estar com alguém, estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por necessidade.
Escondeu o sorriso por algo, sem pensar, disse apenas quando a cicatriz doeu sem saber explicar. No fundo acordamos com aquela dúvida de como a situação foi parar naquele lugar.
Tanto faz, é uma resposta típica! Faz transparecer ser indiferente comigo mesmo, não traz a tona meus próprios questionamentos. Não há. Está tudo bem.
Que ela não se cale em seriedade, porque o sorriso é a maior leveza de todo esse mistério.
Inteligente é calar uma decepção...
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