8 de abril de 2011

Devaneio norturno

Do mais simples ao mais complexo sentimento distante de todo e qualquer tempo atual que pensamos segurar em mãos enquanto escorre por entre os dedos, àquela confiança que outrora se acreditou ter assim consigo já não existe mais e tornou-se tão real quando o sonho de uma noite qualquer.

Cheio de medo em seu coração por viver aquelas imagens horripilantes de perseguição por velhos conhecidos, não se cansam de ir atrás do pobre e mero espírito perdido em sua tão breve juventude. Depreendido pelo desespero da corrida no ambiente já tão familiar segurou na mão de seu porto seguro que não por acaso estava ali do lado, a tênue entre a ilusão e a realidade, entre o sonho e a verdade. Preferiu não comentar nada depois mesmo lembrando-se de cada momento daquela noite amedrontadora.

Aqui, tão só e solitariamente feliz usufruindo cada minuto para o autoconhecimento não sendo capaz de tornar-se totalmente independente das companhias com as quais, mesmo aleatoriamente acostumou-se a crescer e a viver essa verdade mundana senhores.

É uma pena perceber que na verdade naquilo era seu, apenas estava ao seu lado enquanto era conveniente. É difícil aceitar e buscar outras verdades para ser capaz de viver o que há de ser oferecido, esperar pelo perfeito em um caminho linear sem imprevistos já não é um luxo de que possa dispor, feliz ou infelizmente.


@diguimaaraes

Um comentário:

Italo Stauffenberg disse...

o que será que aconteceu naquela noite? ficou a curiosidade!