4 de junho de 2016

Náus

Acordado pela náusea consequente de reiteraras noites de excessos e dias espessos. Tudo meio ruim de um mal estar sem fim, nauseante trânsito em trânsito às obrigações derradeiras na fogueira de provar da única forma que disseram ser válida.

Ser tomado pelo esgotamento e nervosismo da famigerada ansiedade que parecia estar superada. Afinal, olhando bem estavam todos no limbo de qualquer plano, todos em frangalhos, afogados em medos disformes e ameaçadores que logo menos passarão.

Era isso e mais nada. Era isso e, olha que cilada ainda faltava tanto a ser feito. Obrigado por obrigações impostas pelas escolhas, além dos anseios tão firmemente perseguidos.

Ei, lá se vão as rodas da locomoção e o teto da independência, em um pequeno espaço no meio da cidade.

Lá se vão os olhares e abraços que permitiam a rápida fulga da alma fugás.

Decrépito organismo vivo se mantendo em automático, vestido de máscara que hoje caiu. As olheiras denunciam o final, o final de um esforço pretérito forte.

Vômitos e expulsões geram a catarse das escolhas falidas, dos caminhos viciados e do fim do mesmo filme de roteiro parecido.

Defecadas as impurezas expurgadas dos lugares onde se acumularam o peso além da força.

Ainda acordado pela náusea consequente de reiteraras noites de excessos e dias espessos. Tudo meio ruim de um mal estar sem fim, nauseante trânsito em trânsito às obrigações derradeiras na fogueira de provar da única forma que disseram ser válida.

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