Calmo, sereno, frio, sentado sob
o cadáver de uma personalidade que não existe mais. Galgado pelos degraus da
experiência e sofrimento percebe que não há mais nada a dominar, se não a própria
mente.
Em trânsito, pequeno, se convence
da astúcia da malícia intrínseca às ações, tentando sempre se esvair em
multidões de outros seres iguais que tentam ser um pouco assim, diferentes.
É, parece que mudou e não apenas
para si, pois aquele si mesmo se acabou e morreu um pouco a cada dia e a cada
nota que se tocou, assassinaram a inocência.
Calmo, frio e sereno, melhor
tomar cuidado e não engolir o próprio veneno, pois daqueles sem experiência em manipular
emanam os piores acidentes.
Um perfume, um perfume tão bom
que a mente não deixa esquecer e acaba surgindo no meio da brisa quando em
volta só há concreto, em meios aos prédios, caminhando sozinho e não que como
dizer que alguém carregava o mesmo aroma porque não havia absolutamente ninguém
por ali.
Veja só, de toda essa miscelânea brotou
tamanha certeza conformada em uma cega convicção carregada por anos nos ombros
sem qualquer reclamação. Era o destino e o caos de todo o seu abrigo, pois
conseguia descer e subir daquele morro quantas vezes fosse preciso e jamais
esquecera o caminho de volta.
Os olhos viram e perceberam a
presença do demônio da fraqueza em que o brilho dos olhos agora era algo turvo
e baixo, diante de um sorriso clássico e sarcástico. A mente se perdeu de tanta
exposição enquanto o corpo se rebatia na terra pelo tamanho desespero. De quem
já havia assistido coisa igual era um pouco de desprezo e dos outros, novatos,
desespero.
Tapa na cara e uma luta ferrenha
entre a sanidade e loucura tentando trazer de volta um espírito perdido sem ter
total discernimento de onde poderia parar. Para o coração, morre em solidão,
escondido no mato de uma cachoeira, ali era tão baixo e ninguém percebeu.
Agora se foi ao perceber que afastou
e já não há mais proximidade ou segurança e sequer querer de passar por
cuidados de outra coisa que não valha a pena escolher. Estar perto. Estar por
perto é privilégio de quem tem bem querer, pra valer, fazer o que seja o que
for de acontecer.
Pra que entender? Entender: Pra
quê. Se vendo o caminho há uma curva e depois encruzilhadas onde o destino dita
as regras, mas não impede ninguém de escolher. É isso e só. E isso só. Só.
São lindas as palavras e até
tocam, fazem necessária uma reflexão do que é e do que realmente importa, mas
não será assim tão certeiro, pois apesar de bonito sobre aquilo que foi pensado
tanta coisa bonita já não pode mais haver. Assassinaram a inocência de se
submeter.
Há fumaça demais e foi preciso descer ali tão baixo para encontrar e o que havia sido passado era nada mais que um passado de caminhos infectados por escolhas egoístas e burras. Era assim, fumaça sem fogo, depois de tanto tempo.
Calmo, sereno, frio, sentado sob
o cadáver de uma personalidade que não existe mais. Galgado pelos degraus da
experiência e sofrimento percebe que não há mais nada a dominar, se não a própria
mente. Assassinaram a inocência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário