Certezas caíram por terra, junto com as convicções. Valores de um tempo ou outro que vieram tropeçando no tempo e caindo junto com as ambições.
Tanta gente que se foi, foi embora e nem fez falta. As poucas faltas que fizeram já não fazem diferença, já passou, já passaram.
O tamanho da insignificância se dilui em vícios e outras manias sem fim, com uma rotina perdida, desorganizada , sem pudor algum ou sei lá, algo assim.
Somos únicos a tão irrelevantes, tentando dar um sentido ao efêmero, enquanto seguimos desviando de consequências, escolhas, saudades.
Estamos aqui, cheios de marcas, cheios de mágoas e inundados de coisa alguma. Não interessa o sentido porque o sentir se esvai.
Certezas caíram por terra, junto com as convicções. Valores de um tempo ou outro que vieram tropeçando no tempo e caindo junto com as ambições.
A gente quer ter alguém por perto, de perto, um alento. Sem isso nos damos conta de que já não há, pois os rumos diferentes se encarregam de mudar, e mudar, e mudar.
A estrada tem caminho demais e rumos a mais. Os caminhos sem estradas escondidos em trilhas mal cortadas. Era o mundo, mas a bolha estourou. Na mesma hipocrisias seguimos condenando uns aos outros pelos mesmos pecados que cometemos seguidos dos outros.
28 de fevereiro de 2016
22 de fevereiro de 2016
Efêmera opinião
O que foi dito ontem já não se aplica. Não faz sentido. Ninguém mais acredita.
O tempo não cura nada e nunca parou para esperar alguém se recompor. O tempo cobra, todas as palavras e omissões. Ah, cobra! Às vezes com um pouco de dor. Limitações que não servem por agora, quem foi que notou?
De longe, mas tão perto. Não quero, presente, mas quero, silente e sem esconder o que for.
Medo da luz, de algo tão bom. Luz que conduz, covardia, fuga, quem mandou?
Preferir o estável, sentado no vazio do acaso de qualquer um. Onde entram e saem, palavras se esvaem com o tempo que se esgotou.
Não é coisa assim, tão grave ou o fim. É consciência de não querer, procrastinar, mas ceder, sozinho, quando ninguém mais puder ver.
Aparências são o que são, reinam sob o ser. O que importa é o que dizem, mas as escolhas de verdade não têm nada a ver.
O tempo não para e isso tudo é evolução, hoje é sim, depois não. Feche os olhos pra não se entregar. Quando a raiva for em vão, esconda o sorriso e deixe qualquer um sem opção.
A história se repete e terminou mais ou menos assim, quer dizer, não terminou porque algumas coisas não foram feitas pra ter fim.
18 de fevereiro de 2016
Um sonho de liberdade
Ser livre. Estar em busca daquilo que se
admira, uma incessante busca pelo ser ideal. Ser livre, poder ter a opção de
escolha, de qualquer escolha e estar disposto a pagar o preço por isso, até de se
dar bem mal.
Ser livre é uma sensação incrível, como se não
houvesse dívidas, memórias ou obrigações. Algo como estar além de quaisquer
contradições.
Ser livre, diante de um mundo que lhe oferece
vários caminhos e poder seguir pela estrada que lhe convier, com ou sem
companhia; se bem que a solidão potencializa o poder dessa tal liberdade.
Ser livre, o homem já lutou guerras e fez manobras
perigosas para ter isso em mãos. Ser livre para poder dizem sim ou não. Pensar
com a mente, espírito, corpo ou coração. Ser livre, livre, poder dizer sim ou
não.
Ser livre, sem arrependimentos que o prendam,
sem obrigações que o limitem, ser livre além do tempo. Ser livre com o vento.
Ser liberto de si mesmo.
Ser livre. Estar em busca daquilo que se
admira, uma incessante busca por estar como se deveria ser, logo. Ser livre, poder
ter a opção de escolha, de qualquer escolha e estar disposto a pagar o preço
por isso, até de se dar bem mal.
Ser livre e muito mais que isso, ter as consequências
que a si próprio causou. Liberdade não exclui responsabilidade, mas manda pra
longe qualquer tipo de vaidade. Que se vá. Seja lá como for.
Ser livre e poder escolher absolutamente qualquer
coisa de si, ser seu próprio deus, como uma brincadeira de gente grande. Poder
escolher entre um livro e a cocaína e fazer de si seu próprio êxtase.
Ser livre, completamente disposto a um café ou
um cochilo. Reclamar ou trabalhar. Esbravejar em silêncio ou simplesmente se
deixar levar, ser livre. Completamente livre.
10 de fevereiro de 2016
O tempo que restou
Sinto de longe tudo que foi embora. Gostaria de acreditar que encontrarei de novo em algum lugar, de verdade, mas a realidade é que só restou o agora. Aqui, agora é tudo o que há. Aqui, agora é tudo o que haverá, talvez, isso se sobrar.
Viraram a esquina ou sumiram esvaídos no tempo, como as palavras que ninguém mais se lembram que foram levadas com o vento. Não, ninguém ouviu.
Que legado é maior do que a lembrança de alguém que se ama?
Sinto, de longe, tudo que nunca foi embora. Gostaria de acreditar que já passou e que não encontrei mais nada em qualquer lugar que passar, de verdade, mas na realidade só restou o agora. Aqui, agora é tudo o que houve porque já passou.
Não me lembro mais seu endereço, mas tive plena certeza de que sabia chegar até lá a qualquer momento. Mas, que surpresa! Todos os outros lugares eram iguais àquele outro lugar. Quando virei a esquina não fui capaz de voltar até lá. Fui levado com o vento sem me dar conta e quando voltei não era mais o mesmo, sequer lembrei o caminho que deveria ter feito pra chegar.
Que noite, foi bom. Gostei de ter estado um tempo por lá. Não, ninguém viu. Será que realmente existiu? Não há testemunhas.
Sinto de longe tudo que ficou. É vago. Distante, mas nunca me deixou. As palavras foram com o vento de quem não ouviu, mas ela jamais deixam àquele que as falou. Gostaria de acreditar que tudo aquilo que foi dito, foi dito com fervor.
Não me lembro mais seu endereço, mas lembro todos os pormenores daqueles cômodos. Cada ladrilho. Veja só, que maldade. Alguém derrubou. Não existe mais nada daquilo que a minha escassa memória guardou. Não, ninguém ouviu.
Que legado é maior do que a lembrança de alguém que se ama?
Não me lembro mais seu endereço, mas convivo todos os dias com tudo o que me ensinou. Sinto de longe tudo que foi embora. O aqui e o agora é tudo que me restou. Gostaria de acreditar que um dia vou poder abraçar quem tanto me marcou.
Que legado é maior?
É vago, está ficando escasso, mas nunca me deixou.
8 de fevereiro de 2016
Homem bom
O homem bom assim seguia, até o aquele belo dia em que notou que precisava fazer mais. Era isso ou esperar, assistir de camarote o mau tomar conta de sua existência e de todos ao seu redor. O certo, por incrível que pareça, nem sempre é o certo a se fazer e a maldade infelizmente se tornaram ferramentas para colocar a bondade em prática.
Em uma estrada tortuosa, insinuante ao final. Como se fosse sempre um caminho de abismo, caído, travestido de um iminente final.
Nas mentiras que se diga, que intriga, todas as vezes que tentou. Todos os dias sem abrigo, tão sozinho onde ninguém o procurou.
Nas madrugadas frias e escuras, de um silêncio ensurdecedor. Seu espírito gritava e pedia, por favor, alguém me ajude. Alguém me ajude, por favor.
Em um belo dia, toda a convicção foi deixada de lado e à uma boa ideia se entregou. Trouxe à tona coisas vazias, simples intrigas que quase o eliminou. Vem consigo uma dor de um orgulho ferido que jamais se curou. Vem contigo no caminho, ao encontrá-lo pelas esquinas que não costumava ter por onde passou.
O homem bom assim seguia, até o aquele belo dia em que notou que precisava fazer mais. Era isso ou esperar, assistir de camarote o mau tomar conta de sua existência e de todos ao seu redor. O certo, por incrível que pareça, nem sempre é o certo a se fazer e o mal e a maldade infelizmente se tornaram ferramentas para colocar a bondade em prática.
Agora tudo se confunde de uma maneira tão estranha entre a solidão e o amor. Na verdade ele até sabe o que é, mas se perdeu dentre tantas decisões e escolhas que tomou. Tudo segue seu caminho, embolado às consequências das situações que causou.
Na verdade nem era assim, parecia todas as vezes estar um passo atrás de uma situação comum, agindo diferenciadamente de todos os parceiros que trombou. Veja só, nem tudo é tão assim. Os conceitos estão formados e as mágoas que controlam a visão de quem o enxergou.
Talvez fosse melhor continuar como sempre, passando despercebido por quem nunca o notou. Fazendo o que tinha que ser feito sem precisar justificar as posições que precisou tomar. Porque fazer o que tem que ser feito não lhe daria o direito de explicar ou esclarecer as decepções de quem o esperava agir com um coração quem alguém tanto maltratou.
O homem bom assim seguia, até o aquele belo dia em que notou que precisava fazer mais. Era isso ou esperar, assistir de camarote o mau tomar conta de sua existência e de todos ao seu redor. O certo, por incrível que pareça, nem sempre é o certo a se fazer e o mal e a maldade infelizmente se tornaram ferramentas para colocar a bondade em prática.
5 de fevereiro de 2016
Estrada da psicose
Acordou tarde, meio tonto e com mau estar. Em jejum, jejum de alimento ao corpo a à alma. Em jejum de si mesmo. As luzes do céu chegam tão nubladas aos olhos e incomodam. Melhor a escuridão, mais aconchegante.
- Meu amigo! Meu amigo de infância morreu cara! - Ele diz, inconformado. - Preciso ir lá salvá-lo - Insistia, com lágrimas nos olhos.
Quanta insanidade!
Ele saiu correndo pelo portão com rumo às ruas e tudo o que elas têm a lhe oferecer. Se entorpeceu de químicas e pessoas vazias. Se encheu de energia ruim. Se perdeu. Se perdeu. Se esqueceu de tudo o que havia prometido ser e ao que estava preparado. Largou.
- É tranquilo, brother. Quando eu quiser eu paro. Eu resolvo. - Dizia com tamanha propriedade.
CUIDADO! Eles vão querer te pegar e estão vindo pelo céu. Além do céu.
Corre.
CORRE!
CORRA!
Tá tranquilo, tudo bem, já passou. Nem pesou. Nem pensou.
Take easy, maaaan. hahahaha
Completamente tomado pelo efeito daquilo que deixou que tomasse conta de seu espírito, movido em um corpo fétido e completamente perdido ele apareceu em meio a multidão. Irreconhecível! Seus cabelos bagunçados e suas roupas sujas demonstravam a podridão em que ele vivia.
Mais uma noite inteira até o nascer do sol. Mais um dia trancafiado em um paraíso. Mais um dia cheio de máscaras. Será que escolher o caminho certo é também escolher resolver os problemas que as irresponsabilidades alheias provocam?
Um erro. Um entorpecer. Uma escolha e uma consequência de desconfiança para o resto da vida. Uma vez. Um dia.
Tá chorando, meu bem? Quem é você? Seja homem. Agora vai chamar a mamãe?
Be a man. - Ele dizia.
Não importa os que dizem ser seus amigos, importa o que fazem. E o que fizeram?
Take easy, man! Está tudo sob controle, quando eu quiser eu paro.
HAHAHA
Parou. Acabou. Ele não parou. Pararam ele.
Assinar:
Postagens (Atom)