Aqui, agora, olhando para cima, está escuro, a luz se foi de qualquer fonte possível. Olho para o alto e nada vejo, tudo sinto, meu corpo, posso senti-lo! Ouço minha própria voz falando sozinha, palavras para alguém ouvir, ou ninguém. É estranho! Elas viajam longo caminho, disso eu sei.
Nessa total escuridão não vejo minuciosamente NADA, porém, é como se pudesse enxergar o próprio vazio, ao ponto de quase tocá-lo, quase! Entendo o meu próprio eu neste momento mesmo não vendo nada. Entendo sim, mas não peça para explicá-lo, eu não saberia. É algo além de mim, de ti.
Já pensastes o que há por trás disso tudo? Será que realmente há uma luz no fim do túnel ou a escuridão da noite é apenas um reflexo do fim, pelo qual não nos interessamos por puro medo?
As peças se movimentam constantemente desde que começamos a pensar, uns são tão safos! Nunca são capturados... Outros vivem nessa eterna busca. Por outro lado há os que se revoltaram, quanto mais certo são mais erros recebem. Chega. Tu me fizeste mal desde aqueles tempos. Chega. Mesmo de longe me perturbas. Basta! Não há mais nada a ser feito, conseguistes quebrar a única coisa que pode manter vida em um sentimento, ainda. Se fosse qualquer outro não seria tão estranho apesar de doloroso, mas tu? Logo tu? Tantas vezes? Chega!
Parei.
Adilson Guimarães
www.twitter.com/adilsongl