30 de julho de 2011

Vendeta

Daqui alguns anos conseguirei então tudo o que quero, mas vejo uma trilha grande e dificil a ser seguida. Muito embora a direção traçada, o mapa e a bússola me façam mais seguro nem tudo são flores, afinal o aprendizado vem daí. Daqui alguns poucos anos conseguirei o meu lugar, ao som, ao chão, no mundo enquanto outros também o farão perpetuando sua existência na vida de pessoas especiais, necessárias, mitigando a falta que a falta há de fazer ou foi feito a outros.

Daqui alguns anos, 6 talvez tenha tudo saído como o planejado seja lá por quem. Daqui 5, 6, 7 anos essa coisa acontecerá pois terei em mãos o que preciso pelo menos para começar, ora essa! Não atrevo-me a dizer ou tampouco afirmar onde e como estarei, se estarei.

O futuro é maravilhoso e encantador, visto aqui de longe parece tão dificil as vezes tão sadio... Aqui e agora é que está a verdade, o futuro nada mais é do que consequência do que está sendo e foi feito até então, a cada dia de preguiça é um dia futuro feliz perdido. A cada escolhe arrependida oportunidades foram deixadas de lado, e não mais serão aproveitadas.

Aqui, hoje, o sacrifício é real e dói. Hoje e agora é que estamos sendo testados e colocados a prova para então sermos quem sabe daqui algum tempo merecedores de tudo o que tanto almejamos, de nada adiantaria se tudo tivéssemos, é possível ver que o que se foi não fazia a menor questão de ficar em momento algum, saiamos então desta remoda de verdades contadas e falácias convencionadas como realidades. Sejamos quem devemos ser, o mais dificil é fazer o certo esteja então certo disso.

Vejo os outros e os invejo, vejo os outros e os desprezo. Vejo os outros e os ignoro porque queria ter o que desejo, vejo os outros e os quero melhores. Vejo todos os outros e imagino como seria se não fosse assim, tão trivial como tem sido. Pessoas boas estão em lugares maus, pessoas ruins estarão infiltradas entre as saudáveis, pois o mundo é uma imersão de contradições e nada mais, o que mais poderia ser?

Minha palavra foi contrariada, ignorada e a pressão alheia arraigada a nossa realidade de forma agressimo embora velada. O que fazer? Não cabe a mim muito menos a você dizer se está ou não correto, deixa que o tempo esclareça minha razão ou a tua razoabilidade, uma coisa é certa: Consequências se farão por si só e nada mais.

Tive medo outrora, por ter dito a verdade. Por ter me aberto me senti exposto. Ora essa, o que há em nós para nos escondermos tanto? É preciso abrir caminho para um novo eu, para novos nós, para todo o mundo que quer mudar e manter-se sempre do mesmo jeito.

Tenha uma boa noite senhor, obrigado pela atenção e educação. Não sei nem o seu nome mas já me fizestes bem, isso é o que importa.


22 de julho de 2011

Olá! Como estás? Que paradoxo carrega tal indagação. O que poderia ser respondido? Bem: Comum de mais. Vivo: Ah! E isso é bom ou ruim? Talvez, seja o que não se deve estar... Sendo.

O que ouvem os ouvidos, o que vêem os olhos são então comprovação de que a utopia nunca deixou de ser, percebe?

Olá! Seja bem vinda! Estive pensando no que dizer, é perigoso ser inundado de intensidade já que muitos das vezes ela nos levou a um rio de lágrimas secas difícil de se nadar... Nada como estar em terra firme.

Aqui eis então a comprovação de que o prolixo pode, se for bem empregado, ser de um efeito devastador. É; O subconsciente está sempre alerta, cada dia mais consciente mesmo que não estejamos conscientes dele sua presença é pífia para a realidade que ditam ser real, não é real!

Permita-me, com sua licença: Deixe-me permitir-me a mim mesmo e agora uma aventura, nessa trilha desconhecida, longinqua sem sequer um mapa de papel amarelado. Ah! Um sorriso ao longe no fim do túnel, logo após as balas é o que faria valer a pena ou já o faz, quem sabe.

Não! Não há mais luz por aqui. O sol foi descansar e a lua deve estar logo ali, sendo amada e admirada pelos casais à meia-noite.

Posso visitar-lhe então? Cá ou lá? Seja como for, gostaria que assim fosse. Certamente só por ter tido mérito de haver despertado algo real e gostoso, já valeria a pena, ou valeu: Quais foram as consequencias.

Então nos damos conta do valor ao perder, da proximidade e nos afastar. Então a presença conforta e conforma a maioria do todo, ora essa! O que seria de nós sem as marcas da vida?

Olá! Me desculpe pela timidez e a falta dela é que as vezes torna-se complicado estar sendo o necessário e não o mais prazeroso.

Até Breve...


9 de julho de 2011

O Susto

De leve, sorrateiro, escondido. Sinistro e algumas vezes pretendido por quem sabe usá-lo como arma. Desatento em consequência da desatenção ao que deveria.

Captado então de soslaio pela visão, inaudível, inerte, mas grandioso. É apenas o tempo em milésimos sob o processamento da imagem que é onde manifesta-se.

As pupilas dilataram e a respiração se tornou em um segundo, ofegante. A pele está úmida de suor e os olhos arregalam-se, tudo ao mesmo tempo agora, tudo ao mesmo tempo aogra, tudo ao mesmo tempo agora, tudo ao mesmo tempo AGORA!

Não, não é nada do que parece ser e tudo à volta toma um aspecto congelante onde todos param até tua reação completar-se - "E ai?" - "E agora?" - "O que fazer?" - "Tome uma decisão!" - "Tome uma decisão!" És o responsável. Não se sabe até aqui se as vozes são de fato alheias do mesmo em si mesmo. Quem há de saber?

Na isegurança as pernas trepidarão enquanto o sentimento de exposição o engulirá. Em quem se faz seguro o peito enturfar-se-á e a força desproporcional viver-se-á. Viver-se-á. Viverá!

No mesmo peito de aço o coração explodirá de tantos batimentos tão rápidos e frequentes que a fala não sairá e não haverá ruído algum. Apenas o esforço sobrehumano para pronunciá-lo: O grito!

Quem sabe os braços se levantarão na distância além de si como comportamento de instinto. A respiração continua maquinalmente rápida, tudo ao mesmo tempo agora, tudo ao mesmo tempo agora, agora sim... é tudo ao mesmo tempo!

Tudo o que se quer é sumir, descansar - Ah! Nada paga a paz, nada. Só se quer respirar o ar puro e gelado com calma. Sair dessa redoma de leões esperando o primeiro movimento brusco para atacar. Tudo agora, ao mesmo tempo agora e de novo e de novo. Passou-se então um segundo e ele se foi... Mas não dexou de ter sido... Um susto!

Uf...

3 de julho de 2011

Fé não é nada além do que acreditar em si.

Quanto há de verdade em tanta coisa que insistiríamos, em outros tempos, em dizer que é superficial e desnecessário? Quanto há de mentira necessária então para um crescimento pessoal, profissional, emocional...? De quantas partidas será capaz de agüentar ou será então capaz de agüentar a mesma partida todos os dias, o coração partido reconstitui-se deixando marcas cada vez mais esquecidas entre as antigas novidades, nos mesmos afazeres que agora cumulam o ponto de vista de alguns relógios personalíssimos.

Veja só como subestimamo-nos a nos mesmos o tempo inteiro em ações, ao passo de que nos superestimamos em pensamento já que é tudo tão prático e fácil em um plano arquitetado pela mente, onde não há dor, não há medo, não há limites nem gravidade, não se cai. Porque cair é necessário para levantar-se e aprender a fazer isso, mas será então necessário levantar toda vez? Sim. É óbvio que sim, se parar nada anda ninguém andará então.

Há algum pouco tempo tudo o que havia era apreensão, nervosismo e insegurança. Há tanto tempo que há saudade, saudade que continua a mesma, pois sempre foi o que deveria ser, nem mais nem menos, exatamente como algo é capaz de ser, por si só. Agora sim, tirado o piano das costas, poderemos de fato começar a tocá-lo e ouvir as suas notas, cada uma delas assim como Chopin faria, assim como Beethoven o fez apesar de não poder mais ouvir.

Deixe que o êxtase guardado e sufocado aqui seja exaltado, seja exalado pela verdade das coisas. Não há motivo pra comemorar um pré-requisito conquistado já que é apenas uma parte fundamental para o início de uma coisa bem maior, gigantesca. Agora sim se perceba, tu és tão grande quanto te falaram e quanto imaginas. Para o que tu queres isso e outras coisas pífias não fazem a menor diferença, digo... Fazem sim, mas são poucos perto do que virá tanto para melhor quanto pra pior, queres ser grande tanto quanto és.

Ah, eu a vejo daqui de tão longe. Eu a desenho perto de mim com a força da minha vontade, eu a trago cada vez mais próximo para poder então ter um traço do retrato que ainda não fora tirado, eu rabisco os papéis em branco que me foram dados, com letras borradas e mal desenhadas não pela preguiça, mas sim pela velocidade dos pensamentos que não é acompanhada então pelos movimentos propícios.

Por quê? Porque rires na cara de quem chora? Que mérito há em felicitar-se enquanto há tristeza ao teu lado? Lute para crescer quem está ao seu lado, seja lá quem for... Todos que aqui estão precisam tanto ou mais que ti. Crescer junto é muito mais gratificante do que sozinho não tenha dúvidas disso. É lindo ver a solidariedade da verdade, a honestidade da realidade, todos falarão, afinal todos querem ter e tem uma opinião. Poucos, raros são os que consideram tudo para tal e menos ainda são os que levam à sério o que dizem, dizer é um hobbie apenas.

Não, não adianta trazer para si todos os santos, todos os orixás, forças e energias. Não mesmo, não adianta evocar o que quer que seja para ajudar-te. É tu e somente tu o responsável e detentor do poder de vencer, é contigo que está à maior arma e que não me atrevo a revelar, se não descobriste por si mesmo, faça um esforço e reconhecerá. Quando perceberes então que lutar bem com as armas que tem em mãos é mais válido que correr atrás de outro mais potente ai sim, ai então estará num caminho promissor.

“Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta.” Gabriel O Pensador