19 de agosto de 2010
Roda Viva
Vemos muita coisa, estamos ficando loucos com tanta informação! Minha nossa, o que é que temos que saber? Por que tudo isso que já aprendemos parece ser tão insignificante a cada novo desafio imposto, exposto? Não sei mais que música ouvir, que livros ler, que programas assistir, se é que devo assisti-los. Está difícil ser honesto por aqui, está muito difícil manter a coerência.
Me pego observando os fatos, os traços, os marcos e me permito imaginar como deveria ser, em um lapso de racionalidade inevitável - Espere ai: Não vai ser! Dou-me conta de que é isso, não será como deveria ser. Afinal, se tudo fosse como deveria, que méritos seriam dispostos? Ah! Mas isso não nos permite desistir de todos os sonhos e objetivos, não. A busca deve ser, e isso sim é como deve ser, incessante na direção do que se quer de coração.
Mais uma vez, de novo, novamente, outra vez me perdi nos meus próprios pensamentos e possibilidades, nessa procura insistente de encontrar o sentido disso aqui. Cadê? Onde está? Existe? Talvez. Que torturante, viver sem sentido, por ver além do objetivo, ficar enxergando sempre além, sempre o fim. Mas é o fim mesmo, não é o final da busca e o inicio da realidade e sim, o fim da concretização. Paro. Penso. Se tudo irá esvaecer como o dia se desfaz em escuridão, pra que toda essa ansiedade? Essa ganância descontrolada? Explique-me. Suplico-te.
Outras pessoas estão vivendo os meus sonhos, infelizes, por conveniência. Eu vivo os sonhos delas, infeliz, por conveniência, ou quem sabe? Sobrevivência. Sei lá! É tudo questão de oportunidades, a quem são dadas, quem as aproveita. Porém, tudo virou uma bagunça! Os sonhos estão trocados. Ei! Você! Desfaça isso, por favor.
Vamos! Torcer para que tudo dê certo. Ora essa! Nunca gostei desse “torcer”, me soa tão confortável, não? É algo que mascara uma posição de submissão a tudo o que está acontecendo. Vamos! Corra atrás do seu, eu vou ao meu, e assim a roda começa a girar, sem parar, cada vez mais rápido. Perdemos-nos nessa caça ao tesouro! Cá estamos. Eu. Tu. Nós. Vós. Cá estamos. Onde? Sabes dizer onde? Sabes saber alguma coisa do que está inserido? Talvez.
Essa roda gira cada vez mais depressa, sem pressa, e tudo se vai, dispersa. Acreditar adianta? Ajuda! Não resolve, acredite, mas não seja só crença. Seja atitude meu caro, seja caro, seja querido, não um salafrário! Seja raro.
Enquanto a roda continua a girar, quem está por cima vai cair a menos que saiba a hora de segurar e quem está embaixo, muito embora tenda a continuar por onde está pode subir tão alto quando o próprio sonhar. É a roda da vida, que não para não, de girar.
Não fique nervoso, ansioso além da conta. Tudo acontece na hora certa. Não espere que aconteça, não torça para que aconteça. Mas preste atenção, esteja preparado para quando acontecer. Esse é o segredo.
Adilson Guimarães Lima
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13 de agosto de 2010
Ansiedade
Que tremedeira estranha, mas, que estranha... Esquisita. Que olhar louco, conservador e egoísta. Minha nossa! Que loucura tudo isso aqui e acolá que nem mesmo sabemos como será. Confundi a cabeça, os sentimentos e o corpo. Aborrece-me o espírito e traz à tona a inquietude da alma. Minha nossa! Que loucura, estou ofegante. Porém, onde está o ar? Onde está o meu ar?
Veja lá! Já vai começar a contagem regressiva para o fim. Mãos trêmulas. Quando não se está à vontade, o relógio insiste em marcar até o zero, até zerar, até sumir, até passar, como uma ampulheta que se esvazia de areia e concomitantemente, se preenche dela, são nuances tão lentos que chegam a ser torturantes.
Precisamos fazer e ser, o que não mais queremos para nós, para sermos o que outra pessoa relevante precisa que sejamos. Sem dúvidas iremos até o fim, por um único ideal, por um único alguém. Que dúvida irritante! Que vontade de ficar aqui, onde estou tanto tempo, confortável e seguro.
Não gosto de lançar-me às loucuras de pessoas indo e vindo sem rumo ou destino, pensando apenas no que querem conquistar e sem perceber ao menos por um momento o que necessitam ter. Nem sempre foi assim, mas desde que a esperança saiu correndo e a cada vez que há busca, ela insiste em mandar sinais que não mais voltará.
Vamos, precisamos ser lançados à sorte, mas... Com cautela! Vai ser difícil chegar onde queremos, mas será impossível se não começarmos a nos mexer em prol disso! As coisas mudam muito, rapidamente demais e é preciso apreciar, acreditar, valorizar e resgatar quando for preciso, sim! Faz um bem incrível! Que dúvida irritante! Que vontade de voltar para lá, para o meu calor ao meu ar, onde fico por tanto tempo, confortável e seguro.
Há muito sinto-me injustiçado e por horas ensaiei discursos libertários desses sentimentos que me prendem e das atitudes que me assolam de forma tão negativa, mas... Que loucura! Acabei de levar em consideração que os problemas podem ser minhas visões, nossa! Posso eu estar errado, totalmente. Não é possível, não é lógica tanta injustiça assim como penso que seja o grande elixir da questão seja reconhecer o erro, quem sabe? Talvez sejas tu, culpa tua ou não. Talvez, simplesmente, não seja.
Que dúvida irritante! Que vontade de voltar para lá, para o meu calor ao meu ar, onde fico por tanto tempo, confortável e seguro.
Adilson Guimarães
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6 de agosto de 2010
Aos Pais
Pai: Substantivo masculino que significa genitor; gerador; protetor; fundador; autor; instituidor; cacique (fem: mãe) - de familia: pessoa que tem mulher e filhos. Pai é aquele que dá o exemplo, que dá a bronca e o castigo. Pai é aquele cujo filho se tornará sua imagem e semelhança, ou deveria.
Pai, leve teu filho ao médico quando estiver com febre, leve-o à escolhinha de futebol e acompanhe os jogos, pois todos os outros pais estarão lá e ele sentirá tua ausência. Pai, brinque de bola com ele na calçada e acompanhe-o ao fliperama, xingue o zagueiro de burro quando tomar um gol. Pai, coloque-o sentado à mesa na hora do jantar, divague sobre suas filosofias de vida e encerre com: "Um dia, quando você for um homem irá entender o que eu disse e lembrará de mim." Sem dúvida, ele lembrará e esse será o seu maior legado,
independente de tudo.
Ah! Pai? Agradeça teu filho por ter tomado conta de tuas obrigações e dê-lhe os parabéns quando passar no vestibular, de forma descente. Ajude-o com seus planos, projetos, dê conselhos. Leve-o à final para ver o time - que é de vocês por tua causa - ser campeão! Leve-o ao show daquela banda de rock famosa. Fale sobre as mulheres, ensine-o a fazer a barba, veja um programa na tv de domingo, só para que ele possa dizer de peito aberto: PAI!
Assuma tua posição de Pai como um homem digno. Não com dinheiro, mas com empenho! E se por algum caso fortuito não puderes práticar minúcias de atitudes como essas, apenas confie nele como se fosse uma parte de ti. Ao menos, seja justo e não levante suspeitas de teu filho, reconheça as atitudes de toda uma vida, só para que ele possa dizer de peito aberto: PAI!
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1 de agosto de 2010
Sejamos Incríveis
Amanhã temos que sair, temos que ir bem cedo cumprir algo que não é de nossa alçada, mas nós vamos, nos sacrificaremos. Por algo, por alguém. Sim!
Sente-se e veja. Olhe bem aqui, no fundo dos meus olhos. Podes enxergar minh'alma? Ela está em prantos ou talvez apenas adormecida de tanta dor. Mas ela está aqui, eu sei.
Vamos! Sejamos incríveis como nos nossos sonhos, vamos... Sejamos honestos como nossa melhor parte sempre nos manda ser. O homem honesto se diferencia dos de mais quando ninguém o está vendo, fato!
E mesmo quando a vida lhe parecer injusta não deixe que você seja tomado por essa revolta, lute pelos teus valores. Hoje, aqui... É a única coisa que nos resta. Não pelos outros, tampouco pelo mundo, mas por ti e isso não é egoísmo. Se for? Quem tem o direito de pedir que não sejamos um pouco? Quem?
Quando, como hoje, aqui... O dia terminar como se nem houvesse acontecido de tanta insignificância lembre-se que há algo para ser feito, vital. Porém, ele não precisa ser constantemente praticado e sim executado com louvor quando a oportunidade lhe mostrar sua face. Saberás quando.
Hoje, aqui. Não quero solução, muito menos ajuda. Quero só, somente... Reclamar! Me ouve essa noite? Porque às vezes tudo que precisamos é um pouco de desabafo e nada menos, nada mais. Desabafo e ponto final.
A vida e até nós mesmos nos pregamos peças. Ora, vivemos nos sabotando! Por medo, timidez ou receio. Vivemos mentindo para nós mesmos o tempo inteiro, já se tornou corriqueiro acharmos que podemos enganar a todos. Erramos! Não podemos, a nós não.
Imagine a vida. Tão universal. Quem seria capaz de culpá-la por nossas tormentas em individualidade? Muitos. Quem seria capaz de provar? Tu?
Entenda... Por mais que não saibas sobre mim, fatos, sinceros serão meus sentimentos e todos os apertos no peito, por ti, enquanto existirem.
Sente-se e veja. Olhe bem aqui, no fundo dos meus olhos. Podes enxergar minh'alma? Ela está em prantos ou talvez apenas adormecida de tanta dor. Mas ela está aqui, eu sei, eu sinto.
Adilson Guimarães
www.twitter.com/adilsongl