Ela se entregou, de corpo e alma. Ela foi toda dele. Ela achava que era mais do que poderia. Ela se entregou.
Ela se irritou por achar que não tinha mais controle sobre si mesma. Ela pulou sem pára-quedas e não acho que encontraria o chão, mesmo assim, ela se entregou.
Ela perdeu a compostura e a razão. Ela foi tudo que imaginou que nunca seria, mas foi em vão. Ela se entregou de corpo e alma, mas não soube explicar. Ela chorou.
Ela se entregou como nunca antes e como nunca mais. Ela não tem outra saída a não ser fingir ter paz. Para o mundo tudo está em ordem, ninguém sabe e ninguém mais saberá que ela chorou.
Ela faz questão de ser a mais forte que parece, mesmo que seu coração, moído por dentro, doa a cada pulsar. Mesmo que os seus sonhos sejam toda noite em um lugar que ela não queria estar. Ninguém jamais desconfiará, que teu corpo está de pé, mas sua alma de joelhos porque, um dia, ela se entregou.
Ela se arrepende por cada gota de amor que ainda sente na boca, que desse pela garganta. Ela não faria tudo de novo não, porque ela fez, ela se entregou e no fim, chorou.
Ela esconde suas trevas por trás de uma aparência que lhe dói as mãos de tanto sustentar. Tua vontade é de gritar, é de correr, fugir, mas ela não tem para onde ir, pois a dor permanece dentro dela. Ela lembra todos os dias, que se entregou e essa dor lhe faz lembrar, que os seus pés descansos jamais descansarão em outro lugar.
Ela tem perfeita convicção de que jamais se entregará, até se entregar.
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