8 de junho de 2014

Diga-me

Oh, vida! Por que bater tanto? Me diga, por favor, qual é a necessidade disso... Imploro em ao menos saber a razão da dor que sinto. Diga-me, vida! 

Não era nada, inatingível e incólume. Estava bom assim quando, de repente, lá vem de novo. Acho que lá vem outra vez, não! Estava bem melhor assim... Não acreditar em nada é mais prático, não há mudança, não há expectativa, nada além do nada que nos encontramos.

Diga-me vida, por favor, pra que bater tanto? Quando me dissestes que era o que queria, respeitei. Respeitei enquanto me falava e mesmo assim, escolhi acreditar. Maldito! Eles esperavam por mim enquanto eu passava ao seu lado e me olhavam como se esperassem meu fraquejar, mesmo diante de uma trêmula e confusa insegurança essa não é sequer uma opção.

Já passaram muitas coisas por aqui, algumas até ficaram um pouco, mas logo se foram. Não há muito tempo para algo que não esta interessado em prender, prezar pela liberdade é algo que machuca e por vezes, retruca.

Oh, vida! Pra que bater em quem não merece? Pra que chutar tanto o que não faz questão de qualquer coisa? Diga-me! 

Sem querer esperávamos o diferente chegar e todas as vezes que tínhamos certa confiança de que estávamos em sua presença... Ah! Meros tolos! Reles crédulos. Malditos medíocres. HAHAHA

Não há. Não há mérito. Não houve. Não haveria por quê.

Diga-me, vida... Faça-me o favor de sentar aqui comigo agora e dizer pra que tanto? Já entendi, não quero mais lições. Estou bem assim. Pode chamar o fim, por gentileza? Obrigado. Ficarei aqui na companhia do silêncio a esperar.

Tamanha prepotência imaginar que tudo isso seja alguma coisa ao atingir-nos. As coisas são como são e não mudariam por hipótese alguma. Tamanha prepotência, vida. Diga! Qual é o valor de uma palavra?

Inundado de lágrimas inexistentes seguimos um caminho pelo qual já estamos cansados de passar, mais uma e outra vez e mesmo sabendo o final, seguimos. Malditos!

A vontade de largar a sobriedade é parada pela razão de alguma escolha que fizemos, qual seja...

Quando tudo isso acabar e perguntarem o que houve, não seria boa ideia. Diga-me vida, por que bater tanto assim? Afinal, qual é o valor de uma palavra... Da sua palavra?


Nenhum comentário: