29 de julho de 2012

Por enquanto é o temos

Deixe o mestre tocar, tocar suas músicas enquanto o poeta se afoga em nostalgia de tempos recentes. Vamos seguir as linhas e estrofes daquelas belas imagens traduzidas por um errante qualquer em meio a outra noite caminhando para ser tão vazio quanto o sono que falta.

O que fora dito outrora era verdadeiro, mas não para ti. O que fora ouvido em outro momento pareceu sincero muito embora tenha sido apenas conveniência, mais uma delas, digo. Banho-me em trocadilhos infames para fazer-me rir, no desespero de encontrar o que havia perdido em algum momento da estrada.

Devolva-me logo toda a minha juventude, devolva-me logo a minha esperança que foi arrancada por um egoísmo infantil. Onde se meteste, determinação?

Um dia como esse foi tão esperado, onde algumas simples companhias podem salvá-lo ou torná-lo prazeroso. As pessoas vivem sonhando em serem felizes e perseguindo a felicidade sem ter ideia do que estão buscando. A felicidade está em um clima bom, em uma companhia agradável, em uma tarde ensolarada, em uma madrugada fria, em um texto bem escrito... Uma palavra bem dita, uma garagem bem feita, uma compra realizada, um plano determinado, uma meta traçada. É o que parece, ao que parece.

Obrigado seria preciso dizer pela ajuda e pelo apoio, pelos olhares apenas sorrisos seriam capazes de retribuição. O perfume, AH... Pela brisa que vaga por ai sentiríamos as pessoas e reconheceríamos as almas tão semelhantes como outras. Do que sentirás falta? Alguns momentos raros? Transformemo-nos em inesquecíveis.

Devolva-me logo toda a minha juventude, devolva-me logo a minha esperança que foi arrancada por um egoísmo infantil. Onde se meteste, determinação?

Como conseguimos deixar tanto tempo passar, tantas palavras sem dizer? Como conseguimos tantas coisas sem fazer, desfazer. Sobreviver e se entreter, continuar a sobreviver para esquecer, sem dizer, agradecer. Obrigado. Pelo quê? Não sei. Desesperadamente clamo, saudoso, chamo. Poetizo, engano. Resisto.

Devolva-me logo toda a minha juventude, devolva-me logo a minha esperança que foi arrancada por um egoísmo infantil. Onde se meteste, determinação?




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