Não, eu não quero mais escrever e perco as ideias brilhantes que me vêm à cabeça a todo momento. Sim, eu queria que uma dessas ideias me trouxessem a libertação que procuro, a paz que busco e alguma coisa boa, qualquer que seja ela que eu mereça. Um verso genial me ocorre e a memória se encarrega de sumir com ele pra nunca mais. Uma motivação poderosa toma conta do meu ser e logo menos se esvai em desânimo e descrença. Fé? Pra quê? Pra quem?
Tenho fome. Me alimento. Me contento, mas não satisfaço meu desejo. Mesmo sem aguentar como mais e mais e mais e bebo e como e nada me sustenta, meu sono descontrolado faz doer meu frágil corpo que mesmo com muitos cuidados parece não estar suportando essas atrocidades a qual tem sido testemunha ocular.
Vejo pessoas, conheço pessoas e com as interessantes mal sei o que falar. Nos encondemos por detrás da superficialidade dos papos corriqueiros sob a sombra da banalidade das palavras, a quanto tempo não fazemos dela nossa arte? Para onde foi o dom se é que algum dia existiu?
Liga uma música boa e deixa a melodia soar e tomar conta do espírito. Não! Desliga logo isso que eu quero silêncio, quero poder me ouvir, quero aprender e não ficar observando apenas. Quero participar e me perder no momento e não ficar percebendo como os outros o fazem. Tudo que eu quero já não faz mais sentido algum.
Tantas situações boas passaram e as ruins estão por toda parte para que aprendamos a lidar, já não fazem mais tanta diferença assim e nós vamos levando como possivel. Os amigos estão por ai, vez ou outra nos encontramos nos caminhos loucos do destino. Destino? Até pouco tempo era uma verdade absoluta, mas agora não passa de uma mera possibilidade que acarreta muitas outras coisas em um pacote do qual não estou nenhum pouco disposto a adotar para minha existência mediocre até aqui.
Engraçado como todo nosso esforço é esquecido e apagado pelo tempo e quando precisamos e acreditamos que ele irá resolver nossos problemas, BANG! Nâo é isso que acontece, no máximo ameniza um pouco o sofrimento, bandidos! Me enganaram mais uma vez.
Quem és tu, quem és tu para dizer alguma coisa se não reconhece sequer tua face no reflexo das águas limpas que correm. A natureza por si só já diz muita coisa, não preciso de mais nada para acreditar, o homem fez o seu caminho até aqui e usou do caminho do outro para chegar mais longe e é assim que as coisas funcionam, infelizmente. Seja como for, não há muito a ser feito no momento. Quem sabe o momento faça muito ignorando o seja lá o que isso venha a ser?
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