26 de agosto de 2011

Escritos

Naquela época as coisas estavam perdidas em meio a saudades amplificadas pela crença de que aquilo tudo era tudo o que deveria ser levado em conta, deixando de lado as outras perspectivas, valores, princípios, tentando desesperadamente sair daquela realidade que aflorava uma angústia sem fim.

No pesar e no pensar demasiado aprofundado em si mesmo perdia-se um pouco das circunstâncias externas relevantes de aprendizado, não obstante aos acontecimentos atropeladores.

Eis que naquela manhã comum como outra qualquer cheia de tempo e raios de sol iluminando um belo céu azul a saída de casa era o inicio de um caminho que levaria a uma surpresa, tão agradável como raramente vinha acontecendo. Uma pequena viagem de ida e a volta seria então consequência foram o necessário para aquele lugar, para chegar àquele lugar.

Uma agradabilíssima surpresa onde os olhos saltavam discretamente de surpresa, uma grata surpresa, diga-se de passagem. Toda a ousadia veio à tona e dali muitas lições foram aprendidas e ensinadas para quem estava na condição de aprender. Depois já não havia qualquer perspectiva de continuidade muito embora a admiração pelo sentido superficial torna-se cada hora mais intensa.

Com o tempo e algumas atitudes em prol do que se deseja as coisas tomam determinado rumo e tornam-se favoráveis ou ao menos propícias. Sei lá, seja lá como for. Mentimos tanto que aprendemos a mentir. Mentimos por medo. Mentimos por proteção, para nos protegermos, mentimos. E agora ao mentir sente-se um peso, um incomodo.

Sem querer agora a mentira faz parte de uma busca, a busca por paz. Pela paz mente-se para evitar problemas e constrangimentos. És admirada cada vez mais pela sua forma de viver, pela sua forma de relacionar-se e não é mentira, não há mentira nisso. A intensidade tem essa vantagem, pelo pouco tempo que atua suprime qualquer tentativa de deturpação do que realmente é. Apenas é e pronto.

Intenso. Mentiu. Mentiu por proteção. Desculpou-se ao mentir e mentiu novamente para justificar àquela outra mentira. Intenso. Tenso. Mentira ou verdade que era, ou seja lá o que venha a ter sido. É isso que nos tornamos, nos tornamos mentira, nos tornamos ausência, nos tornamos frieza por pura incorporação. Não era o objetivo, muito embora tenha sido essa a consequência.

Saiba que mesmo sendo mentira é para um pouco ou ao menos para um fim, é uma verdade buscada desesperadamente, desenfreadamente por alguém que já não tem perspectiva de caminho sem obstáculos. É e apenas é, intenso!



@diguimaaraes

3 comentários:

Nando! disse...

"É e apenas é, intenso!"

Seu final não podia ser melhor!

paradigmas universal disse...

Se vc ler meu blog vai ver que não humorista ... abraços

paradigmas universal disse...

a intensidade que nos leva a escrever

abraços... bom texto