Ela é constante em suas mudanças. Não como uma banalidade
qualquer, fuga ou covardia, seria mais a
inquietude de ser assim, finita. Ora, como aceitar ser apenas uma coisa, com
tantas outras possibilidades?
Quando ela está em casa consegue, sozinha, controlar tamanha
inquietude longe de desesperar-se. Não obstante salte os olhares com uma
presença imponente, prefere a simplicidade sobre as coisas. Simplicidades sobre
todas as coisas.
Ela prefere o duradouro e pretere a empolgação das coisas
intensas, pois sabe que na maioria das vezes isso passa, e quando passa não há
mais nada. Por que então perder tempo e desgastar-se?
Ela prefere a liberdade de ser o que quiser, quando quiser e
nada lhe convence do contrário. Prefere a conversa aberta com os pontos de
vista postos à mesa do que cartas com histórias mal analisadas por quem quer que
seja.
Ela é o próprio desafio de expectativa, gosta de alternar a
si mesma entre intensidade e suavidade, explorando todos os prismas, alterados
ora sim, ora não. Ela busca novidades e sensações, se traveste de ousadia em
busca de um caminho inédito e se molda com o curso que atravessa, como um rio.
Ela é original e se sente bem com essa visão, carrega
consigo ideias vanguardistas tão leves quando o vento. Em seus pensamentos
extravasa e traz exageros junto aos fatos, pensa em si fora daqui, longe de si
e em outro planeta. Não se assusta com a possibilidade de acordar amanhã e tudo
mudar, nada é insubstituível.
Ela busca a maior racionalidade possível em todos os pontos,
em todos os planos e em todos os conflitos. Pensa estar correta quando
consegue alcançar o concreto em suas atitudes, se perfaz em fatos e consequências
e nada do que possa surtir efeito lhe assusta tanto assim, pelo contrário, lhe
encanta.
Ela é constante em suas mudanças. Não como uma banalidade
qualquer, fuga ou covardia, seria mais a
inquietude de ser assim, finita. Ora, como aceitar ser apenas uma coisa, com
tantas outras possibilidades?
Ela está mais em si do que qualquer outro, pois entende que
a maioria nunca foi assim tão inteligente e que as ideias maciças tem o condão
de estarem carentes de fundamento e empatia. Prefere a solidão de suas próprias
conquistas intelectuais.
Ela mantém em si uma mente aberta e ávida pelo novo, pelo
inédito e pelo diferente. Sua solidariedade contagia o leque de todas as suas
posições, pois ao não pensar só em si é capaz de renunciar a várias coisas que
normalmente se apegaria.
Ela é o melhor pelo melhor e não o melhor para si, mesmo que
tudo fique pior. Pra ela não há diferença significativa entre o outro e o
cascalho, desde que ambos cumpram bem o seu papel e sejam firmes em seus
questionamentos, respeitosamente, sempre.
Ela não gosta de brigas, mas compraria a maior delas contra
aqueles que não tem a capacidade de considerar novas ideias. Ela se irrita com
o gesso das mentes retrógradas.
Ela trata tudo e todos com a melhor postura possível, sem
avançar depois, pois quando as coisas começam a se misturar é hora de decantar
de uma vez e seguir... Ela é constante em
suas mudanças. Não como uma banalidade qualquer, fuga ou covardia, seria mais a inquietude de
ser assim, finita. Ora, como aceitar ser apenas uma coisa, com tantas outras
possibilidades?
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