Um orgulhoso se cala ao querer, porque é melhor precisar do
que se render. Ele está sob suas próprias pernas e formula suas próprias regras
sob sua própria razão.
Ao avistar o afastar de si mesmo gostaria infinitamente de
gritar: NÃO! E segurá-la pelo braço para que não suma na primeira esquina. NÃO!
Grita seu coração que se comprime causando sufoco e dor. NÃO! Por favor!
- Por favor... Lágrimas.
Lágrimas desceriam se não houvesse secado. O olhar baixo
observa o chão imóvel, estático e inanimado. Onde está o sorriso que tanto lhe
fez bem?
Lá vai... Mais uma parte de si que se perde a cada passo que dá na
direção contrária. Lá vai, mais uma chance de conhecer um pouco de paz e felicidade,
sem cobrança. Está indo a vontade de ser melhor. Por um orgulho tolo ele não
grita. Ele não diz “fica!”. Ele não diz nada!
Por favor...
O silêncio é a marca registrada dessa atitude, ou a falta
dela. Um orgulhoso se cala ao querer, porque é melhor precisar do que se
render.
As coisas voltaram de onde parecem nunca ter saído. A estaca
zero não é o seu ponto de partida, é sua morada.. Todas as
passagens que fez questão de não fazer questão alguma, todas as oportunidades
das quais abriu mão devem estar em algum lugar, reunidas e discutindo o quanto
há de tolice neste homem.
Ele não sonha, vive os próprios sonhos. Ele acaba, como uma personagem e não faz mais questão. Dizem que o orgulho é o complemento da ignorância. Dizem que um orgulhoso se cala ao querer, mesmo querendo muito. Porque é melhor precisar do que se render.
Ele não sonha, vive os próprios sonhos. Ele acaba, como uma personagem e não faz mais questão. Dizem que o orgulho é o complemento da ignorância. Dizem que um orgulhoso se cala ao querer, mesmo querendo muito. Porque é melhor precisar do que se render.