6 de abril de 2013

Devia Devaneios a mim mesmo.

Esperemos um pouco, vamos deixar as coisas em cima da mesa antes de irmos. A caminhada é longa e quanto menos peso melhor. Amigo! Deixe essa vaidade por ai, está te deixando feio, também vou deixar algo: Meu orgulho e minha tristeza. A saudade guardarei naquela gaveta, não quero usá-la por algum tempo.

As unhas continuam a crescer e o cabelo sem corte reflete o desapego ao físico. Vejo mal com um dos olhos enquanto caminho no escuro a caminho de casa. Nos encontramos pouco, nos conectamos o tempo inteiro e dormimos cada vez menos.

Indo e voltando o tempo todo sem parar parando no meio da cidade embaixo de uma árvore sobrevivente e perdida vendo a correria dos carros chegando em algum lugar, assim como os prédios espelhados que correm no ar a caminho do céu presos ao concreto no ar a caminho do céu presos ao concreto do chão, sendo alcançados apenas pelo vento de algumas brisas leves e esvoaçantes.

Somos tão pequenos quanto percebemos e tão gigantescos quanto nos sentimos, quando fechamos os olhos e não fazemos juízo de valor do que não chega até aqui, do que não nos toca.

Quem dera, se conseguíssemos viver sob o aspecto do que nos toca. Atrás do toque e da voz, após o perfume que chega ao ar e toma conta de nossa alma.

Em torno das brincadeiras os sorrisos se esforçam para manter a serenidade de um coração tranquilo e disseram: "Os palhaços também choram."

Descruzo os braços em sinal de coragem, em respeito ao medo que consiste em nós, desafio as coisas assustadoras a me pararem enquanto vivo assim, de peito aberto, provando ao mundo quem sou e ainda mais; Quem posso ser.

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