26 de setembro de 2011

O que há de dizer?

Tudo que eu queria era poder dormir a noite sem me preocupar com o outro dia, era tudo o que eu queria. Acordar pela manhã com a sensação de que curtiria aquele dia, e realmente me divertir, era tudo o que eu sentia.

A excessão de uma regra geral se rende as voluptuosas curvas do destino, traiçoeiras com quem as subestima. Disritmia consequente dos pormenores cotidianas, nada mais é o concreto das linhas tênues bestificados pela preguiça de viver. O cansaço tenta e continua insistindo na vitória do sacrifício que outrora fora abraçado e desejado, na realidade toda força provém de uma covardia qualquer.

Que a ambição desregulada não seja alcançada para que tudo não se torne política, estatística; Porque nada além da essência é real. Nada além do essencial vale a pena. Uma familia normal, um cabelo comum, aspirações legais era tudo o que buscavam, outras apenas vivam e estava tão leve e simplória, contudo o efeito é implacável.

Seja lá como for, normalidade: Qual é o conceito disso,k para o que serve? Seja o que venha a ser acho que perdi algumas oportunidades para tal ou as renunciei, não era nem nunca foi conveniente, verdadeiro.
Siga, faça o que quiser e achar que deve. Entregue-se a esse mundo podre que dita o ritmo do que você diz que é e o que diz ser, não passará d eum ser desprezível como tantos outros.

E agora aqui onde tudo já aconteceu, aaquilo que você sentia, ainda sente, como tudo o que você pensa, me diria?
Não é que desacredite, pelo contrário, acredito sim e tenho certeza, mas com todas estas provas não sinto necessidade, apenas estas provas não sinto necessidade, apenas não sinto necessidade de.


@diguimaaraes

19 de setembro de 2011

Uma escrita qualquer


Sentimos, como nos velhos tempos. Quem diria que precisaríamos dos velhos sentimentos, dos sentimentos vazios e intensos, quem arriscaria nisso? O traçado curiosos do destino nos leva à lugares inimagináveis. Não somos e nunca seremos capazes de descrevermos os pormenores do que está por vir, onde reside mistério pode haver de tudo.

Senta-te e sinta a brisa abafada pelas janelas fechadas, depois que as portas se fecham nada mais deve entrar então o que vem de dentro, bem lá do fundo da alma faz as vezes de visitante. Acompanhe-me nesta melodia meu caro, quase posso sentir o levitar dos nossos espíritos por qualquer lugar desses banhados pela noite dessa lua.

As coisas estão assim agora tão mecânicas, tão frenéticas. É preciso um pouco de verdade, de intensidade. O objetivo, o propósito e o caminho que outrora faltaram já não se escondem, estão bem definidos e traçados. Tudo é uma questão de ponto de visto, tudo o que aconteceu há pouco e o quem vem sendo diluído em existência se não faz, fará algum sentido muito relevante.

Venha até aqui, solidão. Faça companhia a alguns pensamentos submersos em verdades trabalhados e mentiras dissecadas, faça o que quiser caso consiga. O nó na garganta é algo que incomoda frequentemente, muito embora nos faça sentir vivos. As lágrimas desceriam se não houvessem secado, não por tristeza, tampouco por amargura, apenas pela emoção da beleza dos sentimentos. Para quem tem a sensibilidade de senti-los são como pedras preciosas para quem sabe admirá-las, não interessa os valor apenas sua beleza contextualizada à vida.

Por favor, não queremos falar de nostalgia ou saudade esta noite, contudo não seriamos tão indelicados de não convidá-las à mesa sendo que estamos todos no mesmo ambiente. Aprendamos a viver o mais agradável possível, os pesos já não nos desgastam na verdade não se fazem assim tão importantes, aprendemos a viver com leveza.

Não, nenhum sentido atribuído à causa. Apenas um pouco de arte, de transformação em arte. Seja um artista, faça arte com tudo o que puder. Pinte seu destino, escreva tuas estratégias como um legítimo literato o faria, caso seja além do que necessites ouça e apenas ouça a melodia, desta noite. Àquelas palavras. Ah! Àquelas palavras ainda ecoam pelos corredores da memória, lembra-te? Parecem apagar-se com o passar do tempo, a ampulheta esvazia sua areia e a mente o faz também em caráter de saúde... Seja lá como for.

O que foi dito, está dito. O que foi feito, está feito. O que não foi dito se calou de uma vez por todas, mesmo agora não surtirá o mesmo efeito que poderia. O que não foi feito já não existe, haja visto que nunca existiu. Uma coisa é certa: A flecha foi lançada e pode acertar um alvo completamente difuso daquele planejado. Será que isso é bom?



@diguimaaraes