9 de abril de 2013

Mas que tempo vagabundo, esse.

O tempo passa e vamos ficando cada vez mais sozinhos, cada vez mais amargos. O que passa no tempo somos nós enquanto o que éramos e que gostaríamos de ter sido, some.

Somos vagabundos perdidos no meio da história, o que sabemos além do que insistem a dizer que é verdade? Vamos embora daqui, viajar por aí chegando a qualquer lugar desconhecido em outra dimensão, esvaindo na realidade sufocante de outrora.

Nos juntamos vez ou outra pra fugir dessa loucura em que mergulhamos, quem não escuta a música imagina loucura ao dançarmos felizes sem saírmos do lugar.

Está confuso e calmo, continuamos a fazer o que tem de ser feito para estarmos no jogo, desse sistema doentrio e hipócrita. Dizem que nos afundamos no poço por aproveitar os poucos momentos d eliberdade que nos encontram, mas não vêem que eles é que estão nessa redoma, vivendo como palhaços, depressivos e felizes, com medo de ser ingrato com os deuses, por puro temor de encontrar o próprio caminho.

Quem vem de lá torna-se cada vez mais importante e suas escolhas cada uma com suas consequências de sua própria responsabilidade. Quem sou eu pra dizer alguma coisa, se nem de mim que penso que me connheço estou no controle.

Por algumas poucas horas nos reconhecemos e nos completamos em meio a tantas diferenças, por que aqui não há normal ou patológico. Não há o que tão absolutamente certo, errado ou lógico. Somos vagabundos no meio da história interesseira e sem sentido, sem usar remos, já os jogamos fora sendo guiados pelo vento, aonde quer que ele vá.

E assim vai acontecendo e sendo aproveitado por quem já percebeu que nada dura eternamente, mesmo não sendo necessariamente efêmero tudo acaba ao menos da forma que é, tudo passa meus amigos, até a gente.

Talvez a gente possa se encontrar em outra lugar, em outro mundo ou lá fora. Naquela velha confusão de lembranças e pensamentos, quem sabe um sorriso não delate toda a satisfação de ter vivido coisas incríveis, que demore bastante para trasnforma-se em nostalgia, ao lado de uma paz sem igual de ter posido estar lá, estando aqui.

Ora! Mas que tempo vagabundo esse que escolhemos para nascer, disse o poeta. Veja, mas em que tempo nascemos sem escolher movidos pela plena sorte, consequência de outras escolhas de outras pessoas que agora começaram a se cansar dos efeitos.

Pois é, acho que falei demais seja lá do que tenha havido, do que tenha sido dito. Preciso correr! Ou acabaremos perdendo o nosso bonde de volta ao rodo coridiano, preciso terminar de perder toda a minha paz e criatividade antes de trabalhar naqueles papéis.

6 de abril de 2013

Devia Devaneios a mim mesmo.

Esperemos um pouco, vamos deixar as coisas em cima da mesa antes de irmos. A caminhada é longa e quanto menos peso melhor. Amigo! Deixe essa vaidade por ai, está te deixando feio, também vou deixar algo: Meu orgulho e minha tristeza. A saudade guardarei naquela gaveta, não quero usá-la por algum tempo.

As unhas continuam a crescer e o cabelo sem corte reflete o desapego ao físico. Vejo mal com um dos olhos enquanto caminho no escuro a caminho de casa. Nos encontramos pouco, nos conectamos o tempo inteiro e dormimos cada vez menos.

Indo e voltando o tempo todo sem parar parando no meio da cidade embaixo de uma árvore sobrevivente e perdida vendo a correria dos carros chegando em algum lugar, assim como os prédios espelhados que correm no ar a caminho do céu presos ao concreto no ar a caminho do céu presos ao concreto do chão, sendo alcançados apenas pelo vento de algumas brisas leves e esvoaçantes.

Somos tão pequenos quanto percebemos e tão gigantescos quanto nos sentimos, quando fechamos os olhos e não fazemos juízo de valor do que não chega até aqui, do que não nos toca.

Quem dera, se conseguíssemos viver sob o aspecto do que nos toca. Atrás do toque e da voz, após o perfume que chega ao ar e toma conta de nossa alma.

Em torno das brincadeiras os sorrisos se esforçam para manter a serenidade de um coração tranquilo e disseram: "Os palhaços também choram."

Descruzo os braços em sinal de coragem, em respeito ao medo que consiste em nós, desafio as coisas assustadoras a me pararem enquanto vivo assim, de peito aberto, provando ao mundo quem sou e ainda mais; Quem posso ser.