26 de novembro de 2010

Extra Consciência

Você... Tenta se mostrar forte o tempo todo e comportar todos os pesos em suas próprias costas, dizendo insistentemente que pode e que consegue. Não duvido dessa capacidade, mas toda estrutura tem o seu ponto fraco, e por mais forte que seja em algum momento cede ou ao menos transforma-se, porque as rochas e montanhas enormes desse mundo foram atingidas pela insistencia do vendo e das gotas de chuva.


Eu sei que é muito dificil manter-se de pé em meio a tanta rasteira, mas quem disse que seria de outro jeito? Você pensa que conseguiu enxergar tudo e todos realmente como são, inocente! Isso não é possível, não da maneiro heróica como você se colocava nesse mundo. Afinal, até os super-heróis tem suas problemas e dores. Apesar de tudo.


Quando precisam não hesitam em procurar-te e apoiar-se em ti, e você se sente bem com isso, já que essa atitude é uma forma bem velada de afirmar o que você tanto quer acreditar, és forte demais, além da conta! Não é?


Mas depois de um dia ensolarado e agradável, o clima sempre vira. Você precisa, necessita e apesar de não querer ceder sabe que não tem outra alternativa. E então passa a procurar alguma coisa, alguém que possa te segurar. BAQUI! Estás sozinho, como tantos outros estão. Quem se importa com os outros das estatísticas se é em você que dói. Massacra?


Hoje mal as palavras sairam da tua boca, porque não tens o que dizer. E se disser, será vazio. Já que não gosta de desperdiçar nada, calou-se. Hoje seu consciente insiste em mostrar que tens muito mais do que muita gente, mas teu coração contradiz. Teu coração sangra. Teu coração chora. Você chora, sem lágrima alguma. Você cede. Você já caiu, há muito tempo. Mas finge estar não sentir nada, como em um sonho.


Precisou de um ombro para chorar, não foi? Conseguiu? Precisou de ouvidos para ouvi-lo, não foi? Conseguiu? Precisou palavras para ler, até leu. Precisou músicas para ouvir, até ouviu. Precisou dizer, até disse. Mas não da forma como gostaria, ou que acha que seria eficaz. Precisou... Precisou... Precisou...



@adilsongl

19 de novembro de 2010

Interesse Superficial

As coisas tem sido colocadas de maneira deturpada e o pior é que todo mundo concorda, abaixa a cabeça e mantém a mesma linha, mas ainda pior é vestir a camisa desse movimento involuntário dos preguiçosos ideológicos. Que medo!


É com grande pesar que quem se pega observando e criticando hábitos, hoje tão comuns diz que tudo chegou a um ponto que a volta é impossível. Não dá mais para vivermos com a tranquilidade que um dia nos foi propriedade, na verdade, minto, dá sim... Mas você ficará à mercê dos costumes sociais intrínsecos a toda existência.


Não é bom confirmar essa tese, de maneira nenhuma... Os céticos não são assim por escolha, porque escolhem simplesmente acreditar no pior das coisas, apenas são capazes de enxergar além da esperança rasa pregada por falsos otimistas, pessoas “felizes”. Por favor!


Ninguém, nem natureza, nem coisa, nem gente se voltará contra você de graça, por puro esporte. Haverá sempre uma motivação, seja ela fútil ou não, haverá. É bastante simples: Consequência. Não poderás te colocar na posição de inocente injustiçado quando na verdade, com tua preguiçosa ganancia ousou escolher o caminho onde tudo seria mais fácil. Pena que ninguém disse bem alto que existem apenas dois caminhos: O fácil e o correto. ?


O que resta a nós, pobres e relez mortais se não lamentar? O que mais nos resta?


Certa feita um importante Conde de Rochester, província britânica disse: “Toda relação de interesse será feita as suas próprias custas” ou seja, ela irá iniciar-se e exaurir-se no mesmo ponto, embasado no mesmo objeto e/ou objetivo, sem excessões.


Uma pessoa, seja ela qual for, de onde e como for que se colocar na vida de outra buscando algo além do que o ser e estar junto, dá inicio a uma relação de interesse. Se colocar na vida de alguém como amigo apenas para usar a piscina da casa ou ter carona para as noitadas, colocar-se na vida de alguém enquanto namorado na busca de sexo constante e mais regular que um solteiro teria, casar-se com alguém para subir social ou financeiramente são, além de bons, típicos exemplos.


Quando o dinheiro acabar e as dificuldades vierem, tudo estará perdido. Quando o sexo não mais lhe satisfizer como gostaria, tudo estará perdido. Quando a casa for vendida e o carro ficar velho, tudo estará perdido, inclusive você meu caro, inclusive você que não terá nada. A essência dessas relações todas são necessárias. A paixão entre os namorados, o amor entre pai e filho, a amizade entre quaisquer pessoas, são vitais. Os sentimentos são vitais.


Não que eu seja cético ou pessimista, apenas não ignoro o lado negativo das coisas e não me deixo cegar pelo otimismo.



@adilsongl

11 de novembro de 2010

Na Mira


PARE! PARE AI AGORA! O QUE TENS?


Que maluco cara, o medo toma conta de nós e nos coloca numa posição completamente paralítica. Qualquer movimento, não necessariamente brusco, em vão, pode significar o fim.


O medo da dor por incrível que pareça é o menos encômodo.


MEDO! MEDO! MEDO!


Quantos sinônimos traduzem fielmente essa sensação? Não há arrependimento, apenas medo de não conseguir fazer o que tanto se quer, e o pior... De nunca mais imaginá-la. Quem disse que não poderia ser pior?


A alma se enche de receio e tristeza, porque só temos a dimensão de quanto vale a vida quando nos vemos sem sua propriedade.


A alma se enche de lágrimas e molha todo o restante do corpo, que sangra por dentro e dói, dói, como jamais. Nâo há choro visível, nem lágrima a ser seca mas existem.


E pensar que só uma coisa é capaz de sanar esse temor, não é a toa que será eterno.



@adilsongl

5 de novembro de 2010

Com raiva

Alô?


Bla... bla... bla...


Tudo o que for sentido da forma mais intensa possível poderá ser esquecido, sem pedido.


Há dois olhares pertinentes à isso:


Vamos lá!


Poderás entregar-se ao grande sentir odioso que toma conta do ser em face ao que vê, vive, e sente. Poderás canalizar essa força incrivelmente grandiosa de magnitude desconhecida até para quem a abriga, e redirecioná-la ao sucesso.


O que escolherás? Já mentiu muito. Já sumiu muito. Surgiu muito. Fugiu muito. Muito desistiu. Insistiu.


Não se quer mais nada, muito menos alguém. Precisa-se de alguém, paradoxo seria como utópico ter outro de mim mesmo para me consolar.


Chegamos ao ponto desconfiar do que já é certeza.


Chegou esperança à luta por aceitar o que não mais foi desejado. De esperança não se encha, pois a ilusão será consequência, sem dúvida.


Não se quer mais nada, muito menos alguém! Descobriu-se a fórmula da motivação anestesiada, alimentada constantemente de solidão e razão.


Não me ligue mais.


Só sabe quem deveria saber, e ainda sim, pensando bem, pouco.


HAHAHA


Tu não sabes de nada, meu caro.



@adilsongl