31 de outubro de 2010

Tuas Palavras

Grandes acontecimentos nos deixam ansiosos, são poucos os que se mantém indiferentes diante da chegada de tudo isso. Eventos nos deixam curiosos, apreensivos e inseguros, tentamos imaginar se o plano dará certo e se os fatos ocorrerão conforme o necessário, quase sempre não é isso que acontece.


Diante de tanta coisa nos lembramos do que já havíamos deixado de lado mas nos marcou de tal forma que sempre vem à tona de um jeito ou de outro. Se isso é bom? Só sabemos que um pouco de nostalgia e saudade são tão gostosas de serem sentidas, mas o excesso vem para o mal, lei da selva.


Pegamos pensamentos soltos no ar e desejos que não mais estão nos planos pilotos de nossas vidas mas mesmo assim insistem em não exaurir-se de uma vez por todas, a tal da esperança involuntária teima em viver, sobreviver, talvez.


Aquela carta escrita à lápis ainda está guardada em meio aos objetos obsoletos que fazem apenas volume, sabe aquelas coisas que ainda guardamos mas não sabemos ao certo o por quê? Resistem anos sobre anos, resistem às faxinas que fazemos nos documentos, às mudanças, às revoltas, quantas coisas jogadas fora? Quantas vezes leu e releu aquelas poucas palavras, mas únicas e raras?


Palavras... São subestimadas por nós quase todo o tempo por não sabermos o real poder que elas tem, quando colocadas em comparação com atitudes podem até parecer vazias, ou quando tomamos como ponto de partida palavras de sofistas ludibriadores que querem apenas proveito de seus próprios interesses individuais, sim! Com todos os pleonasmos possíveis para elencar o egoísmo.


Palavras... Quem é sábio evita usá-las para direcionar especificamente a alguém, porque as coisas mudam, elas ficam. Os pontos de vista se alteram, as palavras ficam. No dia que elas forem usadas devem ser com objetivo eterno e querendo ou não, você conseguiu eternizá-las apesar das coisas terem mudado, e muito! Hoje, há imagens, há fotos, há saudades, há vozes e aromas, amizades e dores mas a única coisa que ainda pode nos tocar são elas, as palavras, aquelas mesmas escritas há anos atrás com um lápis mal apontado numa folha qualquer.


Mal sabíamos, ? Que essa seria o único elo direto daquilo tudo que planejou-se. É, os planos não costumam sair como o planejado, surpresas essas que nos frustram e nos fazem crescer. E a única coisa que ainda resta a nos tocar são elas, as palavras, aquelas mesmas escritas há anos atrás com um lapis mal apontado numa folha qualquer, ao som... Ao fundo... Ao Mundo!



@adilsongl

26 de outubro de 2010

A ignorância é uma benção

A ignorância é uma bênção, não ter conhecimento das coisas como elas realmente são pode ser um alento para viver. Pensávamos, um dia pensamos que tudo dependeria apenas do nosso esforço. Errado! Então percebemos que as coisas aconteciam de acordo com vários fatores, mas não somente. Mais um Erro!


Por vezes há falta de não termos que nos preocupar com esse tipo de coisa, mesmo sem nos darmos conta haviam pessoas por trás de tudo, segurando o mundo para que nós apenas nos preocupássemos em viver. Mas com o passar do tempo, com as coisas que são vistas, sentidas e vivenciadas agora sabemos que para viver, de antemão é preciso sobreviver. Sobretudo.


Sobrevivência é a palavra de lei para a grande maioria das pessoas, são poucos os que tem a oportunidade do conhecimento, não somente formal. São poucos os que tem a oportunidade da instrução e da visão de mundo, tal como ele realmente é e não como se apresenta na maioria das vezes.


Persistir e manter certos valores fica cada vez mais difícil e pensamos de pronto na injustiça que rodeia as relações de bem e mal, mas em um ângulo mais profundo e abrangente, agora sabemos que as pessoas acabam por se perder na busca pela sobrevivencia, existindo de maneira passional.


É preciso antes de tudo, paciência. Respeito e gratidão são as condutas mais admiráveis em todas as vidas, entre amigos e inimigos, entre meros desconhecidos e principalmente entre os que se completam. Mas não é disso que se trata. É de algo muito maior, muito mais mundano e quanto mais firme, mais sobrenatural.


A paciência é a mãe de todo e qualquer sucesso, e parceiro de todo e qualquer trabalho bem sucedido seja de que natureza for, sem ela dificilmente conseguirás o que tanto almeja de forma sólida, sem ela poderá conseguir tudo e mais um pouco mas tão concreto quanto o vento, logo irá de suas mãos para outras, sem nenhuma gratidão.


Segurança, já se disse tanto que é muito importante tê-la conosco, segurança, confiança e afins. E realmente é verdade, mas o engano está em achar que ela se construirá empiricamente ou que surgirá de alguma coisa maior ou desconhecida e se incorporará ao corpo. Segurança, ela está em nós, dentro, faz parte de tudo o que somos e sempre estará ali, a segurança não é uma característica, tão somente, é um potencial que todos possuem mas que raros conseguem alcançar e externá-la. Para tudo, é preciso encorajar-se e mergulhar em um profundo mundo de incertezas, arrependimentos e saudades, dentro de nós mesmos e buscá-la no mais profundo do que pode ser entendido como, ser.



@adilsongl

23 de outubro de 2010

Com ou sem você

Estamos tão presos, cheio de anseios e desejos. Estamos tão avessos a qualquer tipo de padrão sem fundamento algum. Estamos tão... Todos vão, saem. Todos vão, se distraem. Todos, apenas vão.


Um plano magnífico é montado a cada dia para que tudo possa mudar radicalmente, como está não é mais suportável, por favor! NÃO! Qualquer covardia é justificada pelo medo de temer aos próprios valores concebidos com tanto esforço.


Não há crença em pessoas, vivemos traindo as nós mesmos, imagina quem não está conosco? Imagina quem não somos nós? Percebeu? Coloque um barulho ensurdecedor, emudeça até os seus pensamentos, para que se livre ao menos momentaneamente da tortura que é tudo isso.


Antes havia medo, agora não se quer mais nem saber. Indiferença cada vez mais toma conta, e isso é pior do que todos os medos levados em consideração até aqui, de verdade. As coisas são muito mais do que parecem ser, e muito mais simples do que se apresentam como sendo. As coisas são. As coisas vão. As coisas foram e jamais serão novamente como um dia. Coisas...


Mesmo quando tudo parece estar completamente inerte, mesmo quando tudo parece não ligar para o que fazes, os reflexos estão sendo lançados, preparados e colocados em xeque. Tudo se vai, esvai. Tudo some. Reaparece. Esquece.


Lá vamos nós, após um lindo discurso de conhecimento pular de cabeça na maior das hipocrisias, a que condenamos. Vamos!


Infelizmente não será como a esperança insiste em nos fazer acreditar, será muito diferente. Pode ser tão melhor, pode ser avassalador, pode ser assustador ou pode até não ser. Não importa. As pessoas também se vão, e elas não mudam.


Me desculpa, por favor. Eu quis ser, e busquei. E não fui diferente, apenas estive em situações onde aparentemente entrava em uma contradição absurda. Apenas isso. Com ou sem você, seguiremos em frente, a vida não se importa com o que sente ou com o que pensa, ela leva para si apenas as atitudes tomadas. Mexa-se, agora! Com ou sem você, as coisas continuarão como são a menos que tome uma providência. Com ou sem você!



@adilsongl

Carta

Grandes acontecimentos nos deixam ansiosos, são poucos os que se mantem indiferentes diante da chegada de tudo isso. Eventos nos deixam curiosos, apreensivos e inseguros, tentamos imaginar se o plano dará certo e se os fatos ocorrerão conforme o necessário, quase sempre não é isso que acontece.


Diante de tanta coisa nos lembramos do que já haviamos deixado de lado mas nos marcou de tal forma que sempre vem à tona de um jeito ou de outro. Se isso é bom? Só sabemos que um pouco de nostalgia e saudade são tão gostosas de serem sentidas, mas o excesso vem para o mal, lei da selva.


Pegamos pensamentos soltos no ar e desejos que não mais estão nos planos pilotos de nossas vidas mas mesmo assim insistem em não exaurir-se de uma vez por todas, a tal da esperança involuntária teima em viver, sobreviver, talvez.


Aquela carta escrita à lapis ainda está guardada em meio aos objetos obsoletos que fazem apenas volume, sabe aquelas coisas que ainda guardamos mas não sabemos ao certo o por quê? Resistem anos sobre anos, resistem às faxinas que fazemos nos documentos, às mudanças, às revoltas, quantas coisas jogadas fora? Quantas vezes leu e releu aquelas poucas palavras, mas únicas e raras?


Palavras... São subestimadas por nós quase todo o tempo por não sabermos o real poder que elas tem, quando colocadas em comparação com atitudes podem até parecer vazias, ou quando tomamos como ponto de partida palavras de sofistas ludibriadores que querem apenas proveito de seus próprios interesses individuais, sim! Com todos os pleonasmos possíveis para elencar o egoísmo.


Palavras... Quem é sábio evita usá-las para direcionar especificamente a alguém, porque as coisas mudam, elas ficam. Os pontos de vista se alteram, as palavras ficam. No dia que elas forem usadas devem ser com objetivo eterno e querendo ou não, você conseguiu eternizá-las apesar das coisas terem mudado, e muito! Hoje, há imagens, há fotos, há saudades, há vozes e aromas, amizades e dores mas a única coisa que ainda pode nos tocar são elas, as palavras, aquelas mesmas escritas há anos atrás com um lapis mal apontado numa folha qualquer.


Mal sabíamos, né? Que essa seria o único elo direto daquilo tudo que planejou-se. É, os planos não costumam sair como o planejado, surpresas essas que nos frustam e nos fazem crescer. E a única coisa que ainda resta a nos tocar são elas, as palavras, aquelas mesmas escritas há anos atrás com um lapis mal apontado numa folha qualquer, ao som... Ao fundo... Ao Mundo!

19 de outubro de 2010

Poderio marcado, preconceito velado.

Época em que a busca pelo poder deixa de ser somente pelos bastidores e vem à tona disfarçada de democracia, onde o povo manda e escolhe o que é melhor para o seu país e consequentemente, sua vida.


Propagandas cada vez mais ridículas e jingles dignos de risos sem alternativa, por favor! Não estamos assistindo aqui uma disputa religiosa ou passando por um processo de canonização onde o reconhecimento dos milagres é requisito para o fim almejado, seja lá como você entenda isso.


É preciso propostas, é preciso experiência, é preciso firmeza. É preciso muito mais que um curriculo profissional impecável ou várias eleições nas costas, com mandados quase nunca cumpridos como deveria, diga-se de passagem.


Não que a privatização seja uma coisa boa, mas na visão bem grosseira da indignação os benefícios dos meros mortais é zero. Se a Petrobras é ou não do governo brasileiro, a única diferença que isso fará para você, classe média... É extremamente, nenhuma! No posto de gasolina você pagará caro do mesmo jeito, sendo do governo ou de um grupo de investidores internacionais.


Não venha usar temas em que religião e ciência discutem e debatem boca há mais tempo do que sua pequena breve vida possa ter testemunhado. O fato é que o curral está ai, querendo ou não. Já pensou se a esposa do seu professor fosse dar aulas no lugar dele porque ele roubou? E se o marido da médica tivesse que fazer a cirurgia porque ele roubou? Impróprio, não?


A sociedade tem uma mania irritante de colocar as minorias como se fossem coitadas, o que nem sempre é verdade, apesar de pertinente. Uma vez disseram que se um operário chegasse a Presidência da República deste país ou se um homem negro fosse presidente dos EUA o mundo seria um lugar melhor. Bem, não vê-se grande diferença. Errado?


Gostaríamos, sinceramente de saber de onde foi tirada a teoria de que um indíduo sendo mulher ou negro ou pobre ou cristão ou afins será melhor por conta disso e apenas disso. De verdade! COMPETÊNCIA E HONESTIDADE são adjetivos absolutos, independentes de qualquer fator físico ou social. É moralidade correndo pelas veias.


As coisas não mudarão enquanto as pessoas não mudarem, enquanto a educação não for realmente praticada, tanto em casa quanto nas escolas e não seja apenas tópico para campanha de político barato.


Novo Brasil é o caralho!

14 de outubro de 2010

Meus à mim mesmo

Ei, meu amigo! Faça-me o favor de ouvir-me e compreender-me. Faça-me o favor de não me julgar como te julgo todo o tempo. Faça o favor de fingir que nada sabe sobre mim mesmo que me conheças melhor que qualquer um. Suplico, conheça-me e confie em mim mesmo que nada te leve a isso. Ei, meu amigo! Por favor...

Você, meu caro, esteve por ai como um bom homem por muito tempo e assim o faz até hoje. Estivestes angustiado nas entranhas das injustiças acometidas contra ti e mesmo assim não caiu. Procurou acertar até no pior dos enganos. Encontrou vários e vários que passavam parecido ou menos pior do que você, soube em cada palavra de desabafo e em cada reação de cansaço o que estaria por acontecer, por horas tentou alertá-los, como faria um oráculo. Hora calou-se, como faria um covarde.

Tu fostes tudo aquilo que acreditava ser, durante todo o tempo que teve de ser algo. Não fostes alheio aos teus valores, jamais. Porque tudo se esvairá com o tempo e como o próprio tempo que não encontra uma definição digna de tua própria grandeza. Revoltou-se e tentou ser o que não acreditava ser o certo para blindar-se diante do que via, enxergava bem apenas aos que nada fariam para esse fim.

Por vezes, meu amigo, tentou sair dessa linha que traçou como correto e até chegou perto mas não concretizou. Quem nasceu para o bem dificilmente não o fará, e vice-versa. Feliz ou infelizmente há coisas imutáveis nesse mundo.

Sim, sim. Sabemos que ainda te sentes duvidoso quanto a tua própria crença, não tens certeza do que realmente foi e se faz parte da hipocrisia que tanto condena. Sabemos de tudo isso, mas é necessário que duvides de si mesmo para que busque acreditar, sem medo algum de se decepcionar. Decepções, aliás, não são mais medo, são parte do erro.

Os teus ídolos são extensões do que você gostaria de ser, para ser o completo e um só. Teu perfeccionismo não te lhe permite ser, por completo, feliz e menos ainda o deixa largar teu passado de uma vez por todas mesmo que já tenhas decidido não mais aceitá-lo.

Senhor, meu querido amigo, tu serás tudo o sabes que veio para ser mesmo que por pouquíssimo tempo. A intensidade é muito mais significativa do que qualquer demora. Mesmo que não sejas mais nem sequer lembranças para quem te tortura até hoje com a simples imagem, serás para sempre tudo o que fizeste para não deixar o mal tomar conta.

Distraio, não seja mais apenas um otário, seja certo e faça o que for preciso para que assim seja, não traia o que você é e não minta para si mesmo. Senhor, meu querido amigo, desejo tudo o que sabes que desejo para ti mesmo, desejo tudo a mim mesmo por ti mesmo. Apenas, desejo... Um feliz aniversário.

8 de outubro de 2010

Por ai


Gostariamos tanto de saber de ti como as coisas estão e não por simplórias palaras vazias. Hoje não é um dia tão comum como tantos outros, mas também não há alguma importância significativa além desse nó que sufoca o peito por agora. Tenta-se deixar de ser vazio em meio a toda essa festa forjada que nos faz fadados a tudo o que sempre foi.


O sono vem apesar de ser negado, entregar-se a tudo que outrora acabará sem a menor vantagem, sem a menor coragem, sem a menor imagem de realidade. Sei lá, há tanto a ser dito e tão poucos merecedores de conhecerem tudo, tudo o que se passa aqui, tudo o que foi vivido ali. Quem já sabe, conhece até demais. Pra que repetir? A profundidade de um relacionamento pede um pouco de superficialidade também, para não se perder nos labirintos da complexidade.


Veja só, andava por ai, tão destraído quanto alguém que não tem mais nada que o prenda de concreto. Andava por ai, tão solitário quanto alguém que não tem mais nada quem o prenda de verdade. Apenas, andava por ai. Sem esperança alguma de encontrar-se em si mesmo. Deixe que os poetas e compositores se achem por si mesmos, deixe-os.


Uma imagem, tão linda, tão confortante a essas vistas cansadas de tanta mesmisse. Uma imagem que poderia mudar tudo, um mundo criado a partir daquele momento prolongado por não mais que alguns poucos segundos. Uma imagem, que enchem de esperança um coração entregue, sucateado de decepções constantes. Enchem sim de esperança, por alguns fragmentos de tempos, muito pouco. Aquela imagem? Jamais será vista novamente. Aquela esperança? Se foi. E o final feliz não passa de um plano arquitetado pela consciência para nos manter de pé, vivos... Seja lá qual o objetivo que isso tudo tenha.



@adilsongl

1 de outubro de 2010

Ensaio sob à cegueira

Por tanto tempo esperamos gotas de chuvas para lavar nossa alma e purificar esse ar seco que nos assola frequentemente. Acontece que nem mesmo o costume e adaptação resistiu a tanta rareficidade. Isso mesmo, rareficidade.


O tempo se esvaece em escuridão todo santo dia, dizem que é pela generosidade do sol que esconde toda a sua grandeza para que a lua possa brilhar aos amantes. Quem mais chama atenção é o mais fraco? Talvez seja, talvez não, talvez quem sabe? Dúvidas são mais certas do que as próprias certezas nos tempos de cá.


Muito vêem sentido ondem não há nenhum e é justamente ai que está o sentido das coisas no sense, na liberdade de coerência. Na possibilidade de não ter que prender-se a regra alguma de conduta racional é que há crítica, ideia, ideologia, sentido, fé.


Tentemos melhorar nossa rotina, geração mais saudável, mais saúde. Aos poucos o ócio passa a tomar conta de todo e qualquer atitudes sistemáticas buscando a perfeição, o mundo não contribui para o equilíbrio apesar de necessitá-lo.


O calor aquece mais e mais o que já estava tão frio. Nos encomoda a falta de recursos para nos livrar do que não tem feito bem. E ainda duvidas do destino?


Vamos à cama, cedo. Vamos aos sonhos, tarde demais. Já passou, as horas correram e nada! Levanta-se sem coragem até para mergulhar na inconsciência do sono. Mesmo com os olhos abertos arregalados nada pode ser visto, exatamente nada, precisamente nada, meticulosamente nada.O que fazer? Pensamento mais recorrente do que parece. O que fazer? O silêncio ensurdecedor traz quietude de espírito ao passo que tortura os ouvidos acostumados aos ruídos corriqueiros. Violão. Há essa hora? Que hora? Há hora? Violão. Baixinho. Letra. Susurrada. Tão silenciosa quanto a dor que carregas no peito todos esse anos. Ninguém sabe, quem soube não mais lembra, mas tu, sente. Quanto a isso nada pode ser feito.


Ensaiamos notas e composições para nos livrarmos dessa agonia, mesmo que barulho algum seja reconhecido aqui dentro uma festa está a acontecer.


Ensaiamos todos os dias sob à cegueira, com base na falta de visão, respaudados na ineficiência da ausência de luz futurística, porque o futuro nada mais é que um quarto escuro onde projeta-se e imagina-se estar, rodeado de coisas que acostumamos a querer, queremos tanto que já acreditamos estar lá, estar ali... Sob à cegueira.




@adilsongl